sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Terminando para iniciar outra vez

Nosso Plano de Leitura Anual nesta manhã de 19 de dezembro me levou ao Profeta Naum e a Apocalipse capítulo 9.
As palavras proféticas de ambos os textos nos falam de guerras, destruição, miséria e morte. O horror e o inferno são pintados com cores nítidas e assustadoras. É o tipo de leitura pela qual a gente quer passar de largo.
Mas ali, bem no centro destes cenários, estão as promessas de restauração, de esperança e do cuidado de Deus : “O Senhor restaurará o esplendor de Jacó ; restaurará o esplendor de Israel” Hb 2.2 e “dano só sofrem os que não tem o selo de Deus na testa” ( Ap 9. 4). Quer dizer que nosso Deus tem em suas mãos a história de nações e pessoas. Nada lhes pode suceder sem o consentimento ou propósito claros de nosso Senhor.E ele cuida dos seus!
Neste ano o centro do meu aprendizado pessoal na leitura de Toda a Bíblia todo Ano foi exatamente este – nós cremos num Deus soberano que revela seu cuidado e amor a toda humanidade. Faz isto de forma definitiva por meio de Jesus Cristo. E nos reserva graça e esperança para o futuro dos  nossos poucos dias e para além na eternidade.
Mais um ano se completa em 31 de dezembro na minha caminhada de leitor anual da Bíblia. E já estou embalando para 2015. Vou seguir o mesmo Plano de Leitura destes dois últimos anos. Convido vocês a caminharem comigo também no próximo ano.
Sei que alguns desistiram pelo caminho neste ano. Outros foram adiando leituras atrasadas. E chegam ao fim do ano com um certo sentimento de culpa consigo mesmo ou frustração. Deixe isto para lá!
Em Lucas 5.2-9 lemos que Jesus convidou seus discípulos desanimados que limpavam suas redes pois nada haviam pescado naquela noite. E que pescaria fantástica fizeram contra todas as possibilidades!
Então os estou convidando para mais um ano de pescaria no Lago sereno e límpido das páginas do Velho e Novo Testamento. E chegaremos ao fim de 2015 com nossos barquinhos quase afundando de aprendizado, enriquecimento, consolo e esperança. Boa pescaria para todos nós!
Um abençoado Natal e boa entrada no Novo Ano!
Sergio Almiro Schaefer

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus

Há um cântico bem conhecido que diz: “A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”. E ao ler Hb 4.14-16 só podemos concluir o mesmo. Quem conhece a Jesus tem um “grande sumo sacerdote” intercedendo por si. Numa explicação simples podemos dizer que os sacerdotes são responsáveis em oferecer os sacrifícios a Deus no templo de Jerusalém. O sumo sacerdote era o único que podia entrar no interior do templo no Lugar Santíssimo para oferecer a oferta de perdão pelos pecados do povo.

No livro de Hebreus fala que Jesus é o grande sumo sacerdote. O sumo sacerdote que fez o maior e mais completo sacrifício. Jesus não entrou numa sala reservada no interior do templo para derramar sangue de um animal puro, mas derramou o próprio sangue pelo mundo e depois da ressurreição entrou no céu, na própria presença de Deus para interceder por nós.
Esse grande sumo sacerdote é alguém muito capacitado para interceder por nós, uma vez que ele experimentou todo o tipo de tentação, provações lutas como qualquer pessoa, mas com uma diferença fundamental: sem pecar! Jesus conhece bem nossos dilemas de vida e tem compaixão de nós pecadores. Ele não fica indiferente com relação a nossa vida. Ele intercede por nós diante do Pai, nos acolhe, nos dá cura, nos salva.


Sendo assim, podemos nos despir dos nossos temores e nos aproximarmos de Deus com confiança, com fé ousada, totalmente convictos do grande amor de Deus que nos envolve em misericórdia e graça. Esta alegria só tem que já conhece a Jesus!

Natanael Karnopp Böhm
São Gabriel da Palha/ES

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Cristão de caráter aprovado

Em uma época em que os valores cristãos têm sido constantemente confrontados, somos chamados a nos posicionar diante do mundo urgentemente. No capítulo 3, de Tito, Paulo escreve a esse jovem pastor, designado para uma tarefa pouco invejável, ou seja, a de pôr ordem na igreja de Cristo em Creta. Nesse capítulo, Paulo adverte-o acerca da importância de lembrar a todos de que a prática das boas obras é algo essencial aos cristãos. Tito precisa advertir a igreja que suas atitudes devem ser diferentes do que uma vez foram. Assim, nós também somos lembrados de nossa antiga forma de agir: “néscios, desobedientes, desgarrados, etc.” (3:3).
Observe nos versículos 1-2 que o comportamento descrito é exatamente oposto ao relatado no versículo 3. Ora, uma transformação tão drástica de caráter só é possível mediante a salvação que recebemos em Cristo. Agora, é preciso refletir essa salvação através de uma conduta aprovada. Mas onde? No nosso dia a dia, nas pequenas atitudes, deixando de criticar tudo e todos, sendo obedientes, pacíficos, etc. E isso é fácil? Não, demanda empenho e vontade. Mas é possível, pois Deus derramou generosamente seu Espírito Santo sobre nós e este nos fez novas criaturas. Com o Espírito Santo somos capazes de ter um comportamento aprovado por Deus. Assim, você, Cristão, é convocado a deixar sua conduta exterior transparecer a atuação interior da graça salvadora de Cristo!


Nadia Flores
São Gabriel da Palha/ES

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

2Timóteo

Quase vejo os dois ali sentados. Com a sua larga experiência ele ensina o jovem. A conversa é longa. Temas pesados e desafiadores estão lado a lado com boas lembranças e também esperanças. Que pena que a conversa não pôde se dar pessoalmente. Paulo estava preso, a muitos quilômetros de Timóteo, a quem remete sua carta. Não é a primeira, pois o contato precisa ser alimentado, e de uma ou outra forma eles mantêm a comunicação. E essa comunicação é fundamental se o objetivo é o discipulado, o acompanhamento e o crescimento.
O tom da carta é de recomendações. Palavras diretas: “Não se envergonhe...”, “retenha...”, “fortifique-se...”. O objetivo de Paulo é contribuir para a formação de um obreiro (trabalhador!) aprovado (2.15). Por isso o ensino, as advertências, o incentivo e até as repreensões. Paulo não se importa em passar por chato. Se os dois estivessem conversando pessoalmente, muitos teriam sido os momentos em que o jovem Timóteo teria baixado a cabeça, pensativo. E ao fazer isso, teria dado a chance a si mesmo de ser aperfeiçoado. Estaria exercitando o coração: para que se tornasse ensinável.
Quem, hoje, pode falar como Paulo a Timóteo? Os avisos (“Fuja dos desejos malignos da juventude...” 2.22) soam retrógrados. A escolha do pecado é fazer o próprio caminho. Assim, o chamado a seguir outra pessoa parece podar a liberdade. Mas é aí que está a porta para o verdadeiro crescimento em fé. Quem pode falar como Paulo a Timóteo comigo?

Matias da Silva
Teresina/PI

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Somos filhos da Luz!


Mal abrimos os olhos, pela manhã, e já começa a correria? Preparar e tomar o café às pressas, sair correndo para o trabalho, reclamar no trânsito, dar duro para corresponder às expectativas do mercado de trabalho, cuidar da casa, “criar” os filhos, manter uma vida social (ou uma rede social), estudar, administrar finanças e correr atrás dos próprios sonhos são os clichês da vida de muitas pessoas atualmente. É isso que o mundo quer de nós e nos oferece com promessas de satisfação e prazer instantâneos. Mas, como já disse o Apóstolo Paulo na carta aos Efésios: “não foi isso que vocês aprenderam de Cristo” (Ef 4.20) porque a mensagem dEle não se resume a este mundo: ela leva ao Reino de Deus. E é para lá que nós também devemos (ou deveríamos) caminhar. Agora, precisamos parar e pensar: para onde a nossa rotina está nos levando?

Não se engane, meu irmão. O diabo quer atarefar o seu dia de tal maneira para que você “fique sem tempo” de meditar na Palavra de Deus. Não sei se vocês perceberam, mas a leitura diária da Bíblia não consta na rotina que citei acima. Assim como também não faz parte da vida diária de muitas pessoas. O pior é que elas não sentem nem falta do Pão que vem do Céu ou acham que ir ao culto apenas no domingo é suficiente. Elas vivem na escuridão: enchendo-se de si mesmas, correndo atrás do vento e afastando-se de Deus. Só os seus próprios interesses egoístas e egocêntricos importam. Deus? Não se tem tempo pra Ele agora (!). A escuridão já se tornou tão normal que não faz mais diferença. É como ter que andar no escuro: no começo, você pode até não enxergar nada, mas depois, com o tempo, consegue identificar objetos e andar tranquilamente.

Isso explica muita coisa sobre o pecado estar se tornando comum e “normal” entre nós, pois, a escuridão tomou conta da nossa rotina. “Não deem lugar ao Diabo” (Ef 4.27), alerta o Apóstolo, “revistam-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Ef 4.24). Verdade esta que só pode ser conhecida e experimentada através de um relacionamento íntimo com Deus, que brota de uma vivência diária, de tempo dedicado à leitura de sua Palavra. “Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz do Senhor”. E esta luz não pode ser usada em vão, se não para irradiar bondade, justiça e verdade (Ef 5.9), quebrando a escuridão com os raios da Luz Eterna.

Que nós aprendamos a discernir diariamente sobre a nossa rotina, não sendo escravos dela ou do mundo que nos cerca, a fim de que consigamos levantar dentre os mortos para que Cristo brilhe sobre, em e por meio de nós. Amém!

Em Cristo,

Manu Marezani. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Qual perfume você é?

...Não estou falando daqueles que a gente borrifa em alguns lugares do nosso corpo para que tenhamos um perfume agradável. Apesar de serem realmente de perfume agradável: doce, cítrico, amadeirado, floral, exótico, entre outros, não será por esse perfume que Deus nos julgará. Vamos nos atentar para o que Paulo nos escreveu há tantos anos atrás e que nos é de grande valia hoje.
“Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida”. (2 Co 2.15-16a)
Cheiros de morte sempre são e serão desagradáveis, não conseguimos respirar tranquilamente sem nos engasgarmos, imagine o cheiro de morte eterna, que trará separação de Deus e sofrimentos sem fim. Onde há algo morto, ninguém quer passar por perto, a não ser animais que desejam a carniça. Você gosta de estar perto do que está morto, pobre e de cheiro insuportável?
O que Cristo espera de nós é que ao passarmos nos lugares as pessoas se acheguem até nós, sejam atraídas pelo agradável aroma, pelas nossas palavras de amor, pelas ações que transformam o mundo para melhor (mesmo que seja pouquinho), pela atenção e valor que damos ao falar com alguém, por ajudar sem esperar em receber, por ter uma esperança viva em Cristo que virá para nos salvar e nos levar à vida eterna!
Que pessoas com cheiro de morte possam ser transformadas em aroma de vida e que aqueles que já possuem esse aroma, possa exalar mais e mais esse perfume de Cristo!

Laísa Laila Schulze Konflanz

Campinas - SP

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Tribulações, Reino de Deus e o Compromisso com o Evangelho


Chegamos ao relato da primeira viagem missionária de Paulo. Interessante é perceber o texto paralelo, Jó e as suas tribulações. No NT, Paulo e Barnabé são blasfemados em Antioquia e Icônio, Paulo é apedrejado em Listra até que, enfim, um lugar onde puderam pregar e fazer muitos discípulos: Derbe. No AT, Jó na sua angústia, ouve seus amigos dizendo que o errado era ele, mas acima de tudo, é fiel a Deus.
Obviamente, Paulo e Barnabé ficaram em Derbe e fizeram desta cidade um “QG” de cristãos. Porém, o texto nos diz que, tendo feito muitos discípulos em Derbe, RETORNARAM a Listra, Icônio e Antioquia. Espera aí! Só pode ser uma sacanagem! Paulo foi apedrejado, a presença de judeus descreditavam a pregação deles e eles resolvem voltar para esses lugares? O mesmo acontece com Jó. Praticamente sem nada, ele sabe que sem Deus ele não iria além da situação que se encontrava.
Por que Paulo e Barnabé voltam? Por que Jó insiste na bondade e misericórdia de Deus? A resposta está no capítulo 14 de Atos, versículo 22 que diz: “É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus” (NVI). Alguém precisava fortalecer os convertidos nas outras cidades, pois além de ter os que não criam (que poderia ser a maioria), tinham os recém-convertidos que precisavam de um suporte. Jó, por sua vez, não tinha quem desse um suporte, mas a sua confiança e fidelidade em Deus eram maiores que qualquer coisa. Mesmo sem conhecer Paulo e Barnabé, Jó sabia do que era preciso para entrar no Reino de Deus.
Passar por tribulações, às vezes, não é fácil. Queremos resolver as coisas logo, por nossas próprias mãos e não percebemos que existe um Deus que está pronto para nos ajudar. O chamado à servir integralmente nos deixa inquietos. Afinal, não queremos ser apedrejados ou trabalhar no meio de pessoas que nos desejam o mal. Mas Deus nos fortalece através da tribulação e é necessário que passemos por isso. Essas situações nos preparam e nos fortalecem para o próximo desafio. Esse é o compromisso que temos com Deus, assim como Jó, Paulo e Barnabé.
Que Deus nos dê força para irmos além das nossas tribulações. Convido você a continuar lendo Jó e Atos. Se você passa por tribulações, não deixe essa leitura passar despercebida. Isso é intrínseco na vida do cristão, pois a Boa-Nova precisa ser proclamada aos povos, mas sabemos que não somos daqui. Portanto, cabe a nós buscar refúgio em Deus e continuar a obra que nos foi ou será conferida. Jesus diz: “Tenham ânimo! Eu venci o Mundo!” (Jo 16.33).


Everton Mesquita