quarta-feira, 28 de maio de 2014

Fidelidade de Deus

"...vivifica-nos, e invocaremos teu nome. Restaura-nos, ó SENHOR, Deus dos Exércitos, faz resplandecer o teu rosto, e seremos salvos." Salmo 80.18b-19

      Hoje demos início ao segundo Livro de Reis. O tema geral dos Livros de Reis é a fidelidade de Deus para com o seu povo da aliança. Na história de hoje, em especial, podemos perceber a bondade de Deus e seu cuidado para com os seus amados. Elias é avisado por Deus que será tomado por Ele ao céu e, para isso, começa a se despedir do seu discípulo, Eliseu. Eliseu sente pela partida do seu senhor e promete acompanhá-lo para onde for sem o deixar. Pelo caminho, os discípulos dos profetas das cidades por onde passavam vinham avisar Eliseu do fim do tempo ao lado do seu senhor. Consigo sentir, nas palavras de Eliseu, a tristeza que acompanhava seu coração: "Também eu o sei; calai-vos" (2Rs 2.3b), ele sempre respondia aos homens. Minha imaginação permite-me pensar no medo que tomava conta de Eliseu. Talvez ele pensasse: "Como posso seguir sozinho?"; ou "O que será de mim sem as orientações do meu senhor?"; ou quem sabe ainda "Não sou capaz de seguir só". 

      De toda forma, Eliseu sabia o que haveria de acontecer. Deus fazia questão de lembrá-lo constantemente. Eliseu também sabia que jamais seria capaz de seguir os passos de Elias com suas próprias forças. Assim, pediu uma "porção dobrada" do espírito de Elias. Estava buscando uma herança espiritual, pois tinha consciência da grande tarefa que estava diante dele. Em toda caminhada, Deus não o desamparou. Esteve presente durante o discipulado com Elias. Preparou-o para a partida de seu senhor. Derramou sobre ele o poder concedido pelo Espírito Santo para prosseguir o ministério. Pude perceber que assim Deus age em nossas vidas. Nos molda e constrói nosso caráter através dos irmãos pelo discipulado. Nos prepara nas tribulações fortalecendo nossa fé, como diz em Romanos 5.3-5 (NVI): "Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu." Enfim, o Senhor nos impulsiona ao trabalho, nos chama a cooperar na edificação da sua obra. Você aceita arregaçar as magas?

Ana Cristina Lohmann da Silva
Teresina/PI

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Salomão: O sábio rei de vida tola



A maior parte da nossa leitura fala sobre Salomão e sobre as coisas que ele fez, é sobre isso que iremos nos abster agora. A Bíblia se refere a Salomão como o homem mais sábio que já viveu. Antes da morte do seu pai Davi, ele recebe vários conselhos e instruções.
E assim, ele começou seu reinado honrando a Deus e servindo as pessoas, e quando esse Deus aparece a ele, o seu pedido foi simples: Sabedoria. Deus atende seu pedido e ainda lhe acrescentou riquezas, paz e fama. Durante o seu reinado, Israel teve o maior território de toda a sua história e se tornou uma nação próspera. Com isso, Salomão governou e decidiu as coisas de forma que a justiça e o serviço a Deus se fizeram presentes e visíveis. Ele também escreveu provérbios, compôs cânticos e salmos a ponto de que pessoas de reinos distantes viessem ouvir da sabedoria dele.
Contudo, ele terminou seu reinado em tremendo fracasso e em total desvio do princípio com o qual tinha começado. Uma pergunta que nos deixa dúvida é: O que aconteceu para que esse desvio ocorresse?
A resposta é simples, mas assustadora: Ele usou o mesmo método destrutivo que muitos homens (e mulheres) usam hoje no seu lar: Se esqueceu da necessária caminhada dinâmica e diária com Deus.
Com o tempo, ele começou a depender unicamente do dom da sabedoria que lhe fora dada e a levar em conta somente a sua opinião em todas as questões que se referiam àquilo que competia a ele como rei, esquecendo-se de manter um relacionamento COM Deus e de buscar as respostas EM Deus, o que levava a uma aparência de certo, mas que ao mesmo tempo destruía seu reino.
De nada adiantou toda a majestade e sabedoria que Salomão recebeu se não buscou o Deus que deu essas coisas a ele. Durante a sua vida, ele se esqueceu do mais importante: Buscar a Deus e a vontade Dele, que foi uma das marcas do seu início.
Cada vez que volto à história de Salomão sou lembrado de que nossas atitudes egoístas e precipitadas não podem sobrepor a vontade e a resposta de Deus. Com o cristão, a precedência é (ou deveria ser) outra. Por meio do nosso relacionamento com Deus, conhecemos qual é a vontade dele e qual é o caminho que devemos seguir, justamente por que no decorrer dessa relação ele nos dá discernimento entre as coisas que são boas ou não para essa relação e para as decisões que temos que tomar em vida.
Nossa relação com Deus não é um submeter-se imposto por Ele, mas um despir-se de quem nós somos (com nossa teimosia egocentrista e com nossas fragilidades), e dar lugar às coisas que Deus nos dá para preencher e nos moldar conforme a vontade Dele.

Que não permitamos deixar de lado a nossa relação com Deus (nem que tenhamos que pedir socorro ao nosso irmão para que ele nos sustente por algum tempo), e que também possamos estar ajudando os irmãos que estão cambaleantes nessa caminhada, para que no fim da carreira, quando o tempo da partida estiver próximo, possamos dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” 2 Tim 4.7-8. Em nome de Jesus, amém.

Adelar Ragazzon Appelt
Estudante de Teologia da EST